A importância estratégica do Petróleo e Gás

Postado em 12/12/2018


A importância estratégica do Petróleo e Gás

A importância estratégica do Petróleo e Gás


Para que o país possa produzir, crescer e sair da crise, é essencial que o setor industrial tenha disponibilidade de energia. Segundo o Secretário de Minas e Energia do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, apesar de o mundo inteiro estar trabalhando para que não se utilize mais o petróleo daqui a 40 ou 50 anos, o Brasil tem urgência em utilizá-lo, uma vez que possui uma reserva gigantesca desse insumo não renovável em seu subsolo. “Hoje, nós já somos autossuficientes na produção de petróleo, mas não o somos em seu refino, o que ainda nos obriga a importar grandes volumes de combustível. Também precisamos importar gás natural, que é utilizado principalmente para gerar energia elétrica, complementando aquela produzida pelas hidrelétricas, demanda essa que ainda não consegue ser suprida pelas fontes alternativas de energia renovável, como a solar, eólica e biomassa”, afirma. Ele explica que, nos últimos 5 anos, foram descobertas de grandes jazidas de petróleo e gás na plataforma continental do pré-sal, que estão já produzindo mais de 50% do petróleo brasileiro. “Isso significa royalties e mais benefícios para os municípios e estados, injetando importantes recursos para movimentar a economia e ajudar o país a crescer”, complementa o secretário.
De acordo com Meirelles, essa pauta também é relevante para os empresários, pois abre uma importante oportunidade de participação destes na gigantesca cadeia produtiva do petróleo e gás. “Nós estamos retomando a indústria paulista, que estava quase inoperante, com a fabricação de equipamentos ultrassofisticados para a exploração robotizada do petróleo no pré-sal, que está localizado há mais de 2 mil metros abaixo do nível do mar. Então, as grandes indústrias já estão produzindo não só para a exploração do petróleo, mas também exportando equipamentos de altíssima tecnologia”, diz. Ele esclarece que, embora esse não seja propriamente o mercado das micro e pequenas empresas, essa atividade deverá gerar uma enorme demanda de produtos e serviços acessórios. “Elas poderão contribuir ativamente no desenvolvimento do país, primeiro, sendo consumidoras desses insumos. Em segundo, precisam identificar as empresas que fabricam esses equipamentos, inserindo-se indiretamente na cadeia produtiva como fornecedoras e parceiras dessas grandes empresas”, afirma.
Por fim, o secretário esclarece que, embora o potencial seja enorme, ainda teremos que enfrentar uma série de desafios para o desenvolvimento da economia através do petróleo e do gás, principalmente por envolver um volume de investimentos gigantescos. “Fundamentalmente, além das questões políticas e tecnológicas, são reveses que envolvem garantias econômicas, regulatórias e jurídicas. Já existe um leilão programado para ocorrer nos próximos 2 anos, mas é preciso entender que um novo poço a ser explorado demora cerca de 5 a 7 anos para começar a produzir, isso se for muito rápido”, conclui Meirelles. Fonte: SIMPI