Postado em 19/09/2018
AGONIZAM, SANHA ARRECADATÓRIA ATINGE MILHÕES DE EMPRESAS
Entre dezembro de 2017 a maio de 2018 foram fechadas mais de 1 milhão de microempresas no Brasil. Soma-se agora ao grupo de desespero, mais 716 mil empresas de micro e pequeno porte, que foram notificadas e que podem ser excluídas do Regime Especial Unificado de Arrecadação Tributos e Contribuições (Simples Nacional) por motivo de inadimplência.
A crise extremamente grave é resultante da não compreensão por parte dos governantes de como as pequenas empresas funcionam, como trabalham, como resistem, como compram, como vendem, e o que sabem sobre as regras tributárias, creditícias, trabalhistas e financeiras. Imagina-se que o desastre alcance um universo de 10 milhões de pessoas ligadas diretamente as empresas e que sobrevivem dos resultados delas, e que só a falta de sensibilidade econômica, financeira e social permitiu chegar a esta situação.
O mais grave, é que a causa não vem de crise mundial, pois há inúmeros casos de países que crescem a todo vapor tanto na América do Sul como Chile e Paraguai, como no restante do mundo, como a China, Coreia do Sul, Japão e EUA. Esta crise, "a brasileira”, não foi causada pelo setor produtivo e sim pela classe politica, o que torna mais perverso o quadro atual da economia de nosso país. Questionado sobre o fato, o presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de Rondônia (Simpi) Leonardo Sobral foi sucinto na resposta “nós pequenos pagamos o pato”.