Postado em 19/12/2018
BRASIL OLHA PARA OS DOIS
O Fórum Econômico Mundial deu publicidade na segunda-feira (17/12) ao seu Relatório de Competitividade Global 2018. O Brasil ficou em 72º lugar no ranking de 140 países, perdendo 3 posições em relação a 2017, segundo especialista para a área de em desenvolvimento do SIMPI, “O desempenho do país é resultado da baixa performance de suas instituições, infraestrutura débil, alto endividamento público, baixíssima escolaridade e falta de produtividade tanto de empresas quanto de trabalhadores”.
Afirma também que “o estudo evidencia o peso da ineficiência do Estado”, e explica – “as regulações do governo custam mais aos brasileiros do que aos cidadãos dos outros países da amostra”. Há baixa interação entre as políticas públicas e falta de coordenação entre os setores público e privado, o que se reflete em regras desarmônicas. Também é problemática a falta de concorrência com o mercado global, reflexo da alta tributação dos produtos importados (12,5%, na média).
O Brasil precisa ser repensado em termos de competitividade. Ao mesmo tempo em que é necessário resolver problemas estruturais antigos, é preciso pensar nos desafios do futuro. O relatório do Fórum Econômico Mundial deu muita ênfase à necessidade de os governos se prepararem para a 4ª Revolução Industrial (RI 4.0), que será marcada pela alta convergência de tecnologias.
Infelizmente, se o Brasil ainda está às voltas com questões do passado, também não está se preparando adequadamente para o amanhã. O governo brasileiro está 129ª lugar na escala de “preparação para o futuro”, que envolve critérios como formação de capital humano, inovação e agilidade institucional.