Postado em 05/09/2018
DESAFIOS DA ECONOMIA DIGITAL
Num mercado globalizado e cada vez mais sem fronteiras, a forma de as empresas fazerem negócios vem mudando radicalmente com o advento das novas ferramentas digitais, promovendo uma enorme transformação na economia tradicional como um todo. Conhecido como “economia digital”, esse novo modelo de negócios é impulsionado por meio da internet, de forma a facilitar a comunicação, transferência de dados e transações comerciais, entre outras atividades, de forma simples, rápida e interativa.
“Essas tecnologias vieram para simplificar a forma como fazer negócios, para se obter mais e melhor com menos, através da utilização mais eficiente dos recursos disponíveis”, afirma o professor Gil Giardelli, especialista em inovação e economia digital. “Representa uma mudança mais ampla na maneira de mover a economia, em que a interação entre as empresas e seus clientes tornar-se-á cada vez mais social, móvel e conectada”, diz ele, esclarecendo que, nesse contexto, a inovação tecnológica torna-se um fator determinante para o sucesso de um empreendimento.
“Essa transformação não mais poderá ser considerada como uma novidade ou diferencial na empresa, mas, sim, como pré-requisito essencial de competitividade”, explica.
Contudo, mesmo considerado como uma das maiores economias mundiais, o especialista afirma que o Brasil ainda vive na infância dessa era digital, ocupando as últimas posições internacionais no quesito competitividade.
“Embora a disseminação do uso de smartphone tenha criado um ecossistema propício para essa transformação, ainda falta a base no país, ou seja, cidadãos, governos e empresas ainda não entenderam que precisam enfrentar essa realidade, investindo em novas tecnologias para aproveitar seus benefícios, e aprender, de fato, a gerar valor”, diz ele.
“Então, se conseguíssemos transformar um pouco da nossa economia através da digitalização, poderíamos adicionar cerca de 120 bilhões de dólares no Produto Interno Bruto (PIB) do país”, estima o professor.
Por fim, Giardelli argumenta ainda que o empresário brasileiro é pouco inovador, embora seja muito criativo. “Os negócios continuarão se transformando, o mercado ficará cada vez mais competitivo e as oportunidades serão mais restritas e escassas. É preciso, então, colocar a criatividade para funcionar na inovação, entendendo que a economia digital é uma nova forma mundial de fazer negócios, e que veio para ficar”, conclui.