Postado em 25/12/2018
DÓLAR AMERICANO
Essencialmente, a tendência da taxa de câmbio tem dois componentes: um conjuntural e, outro, estrutural. O primeiro depende de diversos fatores, inclusive questões externas, como a “guerra comercial” China/EUA, a indefinição das regras do BREXIT e, também, da política interna, como as eleições, fatores esses que influenciam diretamente o câmbio e a economia. Já o componente estrutural é o resultado das exportações menos as importações (Balança Comercial).
“Com o aumento da oferta sendo maior que a demanda, a tendência é que a taxa de cambio desça”, afirma Roberto Luís Troster, ex-economista chefe da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). Segundo ele, nesse momento da economia, não há motivos estruturais que justifiquem a cotação do dólar em patamares acima dos R$ 3,50, mas admite que a atual legislação cambial brasileira está obsoleta, prejudicando a micro e pequena empresa, que acaba pagando mais quando quer comprar dólar, e vendendo mais barato, em razão do spread para esse segmento ser maior no crédito.“Se houvesse uma modernização do câmbio do Brasil, permitindo a abertura de contas bancárias em moeda norte-americana, por exemplo, nós veríamos menos volatilidade cambial que temos observado ao longo deste ano que passou”, explica Troster.
Fonte: SIMPI