Postado em 05/06/2024
Finanças! Brasil
O professor de Finanças do Insper, Ricardo Rocha, apresentou uma visão clara e direta sobre o atual cenário econômico no Brasil, destacando os principais desafios e pontos de atenção. Começou abordando a recente tragédia no Rio Grande do Sul. O PIB do estado representa entre 6% e 8% do PIB brasileiro, tornando essencial a rápida recuperação econômica e social da região. A solidariedade nacional tem sido forte, e a recuperação local beneficiará todo o país. Na última reunião do Copom, a queda na taxa de juros foi menor do que o esperado, decidida por uma margem estreita de 5 a 4. Ricardo sugere que a taxa de juros pode estabilizar ao atingir 10%, conforme indicado pelo mercado. Isso porque a inflação ainda não mostra sinais de ficar abaixo do teto da meta, e é crucial que os preços se mantenham controlados. Uma grande preocupação é o arcabouço fiscal do governo federal. As promessas do governo e seu discurso variável geram incerteza. Claridade sobre arrecadação e gastos é essencial, pois a alta taxa de juros reflete o risco percebido. Essa incerteza afeta a confiança de investidores, criando volatilidade no mercado. As discussões fiscais também afetam a taxa de câmbio. O dólar oscilando em torno de cinco reais reflete essa instabilidade. Uma política fiscal mais clara poderia estabilizar o câmbio e até possibilitar um recuo. Ricardo aconselha monitorar endividamentos e insumos em dólar, ajustando preços conforme necessário. Ricardo Rocha concluiu enfatizando a necessidade de um discurso fiscal coeso por parte do governo para estabilizar a economia e reduzir a volatilidade. Ele prometeu trazer mais informações em futuras oportunidades, ajudando a todos a entenderem melhor o cenário econômico nacional. Assista:
Fonte: Finanças! Brasil vai bem, ou está muito mal?