O Brasil Liberal

Postado em 14/11/2018


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Empreender é uma atividade de risco. Um governo liberal não pode socializar o custo do fracasso. Se um negócio está falido, não há espaço para paternalismo e para a ajuda estatal, porque são escassos os recursos públicos, afirma Bruno Alves mestre em desenvolvimento sustentado pela UNB e assessor para o tema no Simpi. Por outro lado, estigmatizar o erro não é razoável. Falhar é uma possibilidade para quem tem a audácia de tentar e se o ônus de uma iniciativa malsucedida vira barreira para criação de negócios, fica prejudicada a livre concorrência.

Colocando de uma forma simples, o poder público não pode ajudar quem está se afogando, mas também não pode impedir o acesso dos banhistas ao mar ou jogar uma âncora no lugar de uma boia. Quem quer nadar com tubarões deve ser bem informado sobre a sua escolha, pois o ato de empreender é por conta e risco de quem se lança nos negócios, mas a educação reduz, drasticamente, o nível de insucesso. Da mesma forma como o acesso facilitado ao crédito faz com que os pequenos não estejam presos a dívidas insolúveis.

As instituições financeiras se habituaram ao pouco risco e alta rentabilidade proporcionada pelos títulos públicos. Além disso, a baixa concorrência gerada pela forte concentração bancária (80% do crédito está nas mãos de apenas quatro bancos), faz com que poucas linhas sejam criadas para os pequenos. É preciso se romper esse comensalismo entre bancos e governo, inclusive, a partir da privatização de alguns negócios públicos. Para a semana que vem mostraremos as vantagens do empreendedor ao ato de privatizar estatais e a abrir o mercado  para um maior numero de bancos comerciais.

Fonte: SIMPI