Postado em 30/05/2018
O DIA DA INDÚSTRIA E A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Ao participar do programa de TV do SIMPI “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, Celso Luís Placeres - Diretor de Engenharia de Manufatura da Volkswagen América do Sul - teceu suas considerações a respeito do Dia da Indústria no Brasil, celebrado anualmente em 25 de maio, além da importância em se adotar os princípios da Indústria 4.0, também conhecida como 4ª Revolução Industrial, para que as empresas nacionais possam ganhar competitividade e expandir seus ganhos. “Infelizmente as indústrias brasileiras vêm sofrendo um desmantelamento nas últimas décadas, fazendo o país despencar nos rankings internacionais de produtividade”, afirma ele, enfatizando que, para tentar reverter esse quadro, há a necessidade premente delas se reinventarem.
Nesse cenário, Placeres esclarece que os conceitos da Indústria 4.0 podem ser aplicados em qualquer tipo de empreendimento, desde o tipo artesanal até o de grande valor agregado, não se exigindo altos investimentos, como erroneamente se imagina. “A digitalização de processos não precisa ser implementada de uma só vez. Pode ser feita gradualmente, de acordo com a necessidade de ampliação dos negócios, mas não deve, contudo, ser feita apenas por fazer, ou seja, não adianta em nada se todo esse trabalho resultar em só em dados, sem promover melhorias de fato”, ressalta.
Por outro lado, ao tornar as fábricas cada vez mais inteligentes, conectadas e automatizadas, há sempre o receio de que tudo isso vai acabar com os postos de trabalho. “O que vai ocorrer é o reposicionamento dos empregos, melhorando o tipo de trabalho a ser executado pelas pessoas. Com o uso da inteligência artificial, os robôs, máquinas, postos de trabalho e sistemas irão se comunicar entre si e em tempo real, executando as operações com máxima produtividade e rapidez, inclusive dando suporte e, até, treinando o ser humano para que esse seja mais eficiente no trabalho”, afirma o diretor que, para concluir, esclarece que a busca por soluções inovativas não deve se restringir aos meios de produção, mas, também, nos modelos de negócio. “De fato, vem ocorrendo uma mudança radical do próprio mercado, em que os consumidores ficaram cada vez mais exigentes e conectados, acostumados a terem suas necessidades atendidas de forma mais personalizada, diferenciada, célere e qualificada, graças ao advento do mundo digital e da internet das coisas”, finaliza Placeres.