Postado em 18/07/2018
Politica campanha internet
O processo eleitoral de 2018 terá uma campanha extremamente curta, com um teto de gastos estabelecido pela Justiça Eleitoral, em que estão proibidas as doações por empresas. Assim, os partidos ficaram com menos recursos financeiros para investirem em propaganda, o que vem forçando os marqueteiros a se reinventarem, na busca por alternativas viáveis e mais econômicas às tradicionais práticas eleitorais. Uma delas é aquela realizada através da internet que, desta vez, terá um papel mais relevante do que ocorreu em pleitos passados. “A campanha pela internet é participativa, exigindo interação com o candidato, para que ele escute os problemas e ache soluções. Isso vem de encontro com o que a sociedade clama”, afirma Rafael Bergamo, especialista em marketing eleitoral.
Segundo ele, a campanha na rede tem um custo mais baixo em relação a outras mídias, mas com um alcance muito maior. “Além de ser mais barata, a rede permite que tudo seja medido, quantificado de forma a fazer com que as informações cheguem até a população de forma mais assertiva”, explica o professor, mas que pondera sobre a complexidade dessa alternativa. “Escutar as pessoas gera um grande volume de dados. Então, vai ser preciso criar um departamento especializado que acompanhe o que cada eleitor fala, organizando essas informações e identificar quais são os principais temas a serem abordados. Com isso, o político poderá avaliar melhor, entender os desafios e buscar efetivamente a solução dos problemas”, esclarece Bergamo, complementando que, também, é muito importante tratar adequadamente as Fake News e seus efeitos nocivos. “É preciso estar atento pois, na internet, a propagação de boatos é exponencial, o que pode trazer sérios prejuízos a um candidato em disputa eleitoral”, conclui.
Fonte: simpi