A REPÚBLICA SINDICALISTA DÁ SEUS ÚLTIMOS SUSPIROS, FELIZMENTE!

Postado em 16/09/2017


A REPÚBLICA SINDICALISTA DÁ SEUS ÚLTIMOS SUSPIROS, FELIZMENTE!

Por Sergio Pires

Há uma clara demonstração de quase pânico de muitos sindicalistas, que querem aproveitar os últimos momentos antes da mudança da nova lei trabalhista, para marcarem presença, tentando convencer seus associados a mantê-los no comando dessas entidades, mesmo o que estão na direção há décadas.

Tudo porque, a partir de 13 de novembro, a mamata, para a grande maioria dos sindicalistas profissionais, vai acabar de vez. 
Primeiro, porque eles não terão mais o poder de destruir empresas ou economias, já que o que valerá acima de tudo, será a negociação direta entre patrão e empregado.

Medidas vergonhosas como aquelas em que um sindicato, contrariando grande parte dos seus associados, impediu, com apoio da Justiça do Trabalho, que funcionários da Loja Havan de Cacoal trabalhassem no feriado de 7 de Setembro, passarão a ser devaneios e medidas esdrúxulas do passado, quando o bom senso voltar a imperar.

Esse dirigente sindical, antiquado e agindo contra a própria categoria, está com os dias contados no seu cargo, depois de ocupá-lo por quase 30 anos.

Sua petulância (e, tem que se dizer, em parceria e aval de decisão retrógrada de parte da Justiça Trabalhista!), vai acabar com a nova lei que vigorará em pouco mais de dois meses.

Os sindicalistas que inventam greves, sempre em prejuízo da coletividade, igualmente vão sucumbir, felizmente.

Daí, entramos no segundo problema para os “donos” dos sindicatos, aqueles que deles tomaram posse, tais Capitanias Hereditárias, passando o comando de um para outro, do mesmo grupo; para parentes ou até mantendo-se, eles mesmos, como figuras carimbadas, que se reelegem “trocentas” vezes, sem dar direito a alternância do poder. 
A partir de 13 de novembro, o trabalhador só vai pagar o famigerado e vergonhoso imposto sindical se quiser e para o sindicato que quiser. 
Ou seja, os sindicatos fantasmas, os de pasta, os que existem só nos cartórios, os que vivem só para seus dirigentes, tendem a desaparecer.

O bom nessa história é que os sindicalistas sérios, aqueles que defendem realmente suas categorias, os que lutam pelos trabalhadores e não por seus próprios bolsos; os que são decentes, tendem a sobreviver no novo contexto da reforma trabalhista. Vão para os quintos dos infernos todos os demais, que defendem apenas ideologias político partidárias, que enchem os bolsos dos seus chefes; que negociam às escondidas com os patrões benefícios para si mesmos e não para suas categorias.

Dos 15 mil sindicatos existentes no Brasil (também nesse quesito somos campeões mundiais), talvez um terço sobreviva. A República Sindicalista começa a morrer. Para que o Brasil consiga sobreviver. Ainda bem!

Fonte: SERGIO PIRES