Postado em 11/09/2024
queda da atividade industrial
A última pesquisa divulgada pelo IBGE sobre a produção industrial surpreendeu o mercado ao revelar uma queda de 1,4% em julho, um resultado significativamente abaixo da expectativa de uma redução de cerca de 0,9%. Dr. Otto Nogami explica que esse declínio chama a atenção quando comparado ao crescimento de 4,3% registrado em junho. No entanto, o crescimento de junho não necessariamente indica uma expansão robusta na produção, mas sim o reflexo da recuperação da atividade industrial na região Sul do Brasil, que havia sido duramente impactada pelas chuvas no início do ano. Com a normalização da situação, um ajuste era esperado. Além disso, alguns fatores começam a se destacar. A queda na demanda interna e externa é uma preocupação crescente. A demanda interna é afetada por questões econômicas como a inflação e a taxa de juros, que geram incertezas entre os consumidores e tendem a reduzir o consumo. Isso, por sua vez, influencia negativamente a produção. Outro ponto é o aumento dos custos de produção, que impacta o preço final dos bens. Fatores sazonais também desempenham um papel; o mês de julho, por exemplo, é caracterizado por férias escolares, o que geralmente resulta em uma desaceleração da atividade econômica. Além disso, a desaceleração da economia chinesa, um importante mercado para as commodities brasileiras, pode ter repercussões sobre a economia nacional. Diante desse cenário, que mistura apreensão e sinais de uma recuperação lenta, o mercado aguarda para ver como a situação evoluirá ao longo do segundo semestre. Assista:
Fonte: Mercado surpreso com a queda da atividade industrial