Postado em 09/11/2017
BITCOIN???
Assim como o Dólar, Libra, Iene ou Real, BITCOIN é considerado como um tipo de moeda (criptomoeda), sendo normalmente aceita como instrumento de troca de bens e serviços, mas que não existe fisicamente, ou seja, é totalmente virtual. Trata-se de uma tecnologia digital que, através da internet, permite realizar pagamentos e transações eletrônicas de maneira rápida e barata, em que os usuários podem negociar diretamente uns com os outros, sem intermediários. Diferentemente dos ativos financeiros convencionais, sua emissão não sofre controle de uma autoridade monetária nacional, tipo Banco Central, e nem sofre influências políticas, sendo transacionada livremente, cujo valor segue rigorosamente a lei da oferta e da procura, ou seja, maior será a sua cotação quanto maior for a demanda.
E é justamente por causa dessa liberdade, porém, que ela sofre com a alta volatilidade dos preços, podendo, num mesmo dia, cair ou subir na casa dos dois dígitos. Além disso, por não dispor de lastro ou fundo garantidor para eventuais perdas, é considerado um investimento de altíssimo risco. “Por se tratar de algo novo, sem regulamentação em muitos países e cercado de incertezas quanto ao seu futuro, o BITCOIN ainda é visto com muita desconfiança pelo mercado tradicional”, afirma João Canhada, CEO da FoxBit, a maior corretora deste ativo no Brasil.
Mesmo sendo bastante arriscado, a criptomoeda vem atraindo a atenção de diversos investidores, que aplicam, em média, de 1% a 5% de seus portfólios nesse ativo. “O BITCOIN atingiu uma surpreendente valorização no acumulado desde janeiro deste ano, muito em função da legalização oficial deste no Japão, como meio de pagamento. Com apoio dos comerciantes e de grandes redes varejistas, o governo japonês autorizou seu uso - inclusive para pagamento de tributos - e definiu a política de boas práticas sobre a matéria”, diz o especialista, enfatizando que se trata de uma operação bastante acessível e segura. “Diferentemente do que pensam, o BITCOIN não é terra de ninguém. Todas as transações são registradas num arquivo público chamado blockchain, uma espécie de livro contábil digital, embora sejam ao portador (não identificam os donos)”, elucida Canhada. Para transformar a criptomoeda em dinheiro do mundo real, contudo, é preciso passar pelas exchanges (empresas que negociam criptomoeda) que, para valores elevados, exigem cadastro e documentação comprobatória da capacidade de compra. “Nesse meio, há uma grande preocupação com relação à lavagem de dinheiro”, complementa.