Chega Trump: qual Reflexo na economia para Pequenas Empresas no Brasil

Postado em 05/12/2024


Chega Trump: qual Reflexo na economia para Pequenas Empresas no Brasil

Chega Trump:

Coluna do Simpi – Chega Trump: qual Reflexo na economia para Pequenas Empresas no Brasil

Esse tipo de abordagem foi utilizado em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, durante décadas, para proteger a indústria nacional. Contudo, há dois problemas principais com essa estratégia.

Por SIMPI

A partir de 20 de janeiro do próximo ano, o governo de Donald Trump trará uma grande mudança para a economia mundial, e, especialmente, para a economia do Brasil. O economista Roberto Luis Troster explica que a principal proposta de Trump é adotar uma política protecionista inspirada em práticas mercantilistas dos anos 30, com a ideia de “empobrecer o vizinho”. Esse tipo de estratégia se baseia no aumento de barreiras comerciais, visando proteger a produção interna ao dificultar a entrada de produtos estrangeiros. O objetivo de Trump é aumentar essas barreiras com a China, México, Canadá e, também, com o Brasil. Esse aumento das barreiras pode gerar um efeito prático significativo. Quando um produto nacional é produzido a um custo de 10, e o mesmo produto é produzido no exterior por 9, a tendência é que o produto estrangeiro substitua o nacional no mercado. Porém, ao impor uma barreira tarifária, como uma taxa de 20%, o produto nacional se torna mais competitivo, o que ajuda a deslocar os produtos importados. Esse tipo de abordagem foi utilizado em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, durante décadas, para proteger a indústria nacional. Contudo, há dois problemas principais com essa estratégia.

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O primeiro é a retaliação: se os Estados Unidos aumentam as barreiras para produtos de outros países, como o Brasil e a China, esses países podem reagir da mesma forma, criando barreiras para os produtos americanos. Isso pode reduzir o comércio global como um todo. O segundo problema é a inflação. Com o aumento das barreiras, os preços tendem a subir, o que pode pressionar a inflação nos Estados Unidos, exigindo juros mais altos por mais tempo. Para o Brasil, isso significa um custo maior para captar recursos no mercado externo. Além disso, o fortalecimento do dólar, impulsionado pelos juros mais altos nos Estados Unidos, pode prejudicar ainda mais o Brasil.

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O país enfrentaria dificuldades para exportar para os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que teria que lidar com um câmbio mais desfavorável. Por outro lado, a China segue uma estratégia diferente, buscando expandir o comércio global. Com a iniciativa da Rota da Seda, a China está investindo em infraestrutura para aumentar seu comércio, como a recente inauguração de um porto no Equador e um canal para importações. Essa movimentação mostra que a China está tentando preencher o espaço deixado pela política protecionista dos Estados Unidos. O resultado desse cenário depende de como a China reagirá, ampliando suas importações do Brasil, e de como os outros países irão adaptar suas estratégias às novas políticas econômicas de Trump. O jogo global está em pleno andamento, e as reações internacionais definirão o futuro das economias envolvidas. Assista:

 

Fonte: Chega Trump: qual Reflexo na economia para Pequenas Empresas no Brasil