Postado em 20/03/2018
Dia Internacional da Mulher: o que o Brasil pôde comemorar
Instituído pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) em 1977, o Dia Internacional da Mulher é celebrado oficialmente em 08 de março. A luta histórica por igualdade de gêneros, contudo, remonta tempos bem mais antigos, inclusive anteriores ao icônico episódio em que, num incêndio em uma tecelagem nova-iorquina, 130 operárias perderam a vida em 1911.
“De lá para cá, as mulheres conseguiram superar muitos desafios, obtendo muitas conquistas sociais, econômicas e políticas. Porém, ainda faltam muitos obstáculos a serem vencidos”, afirma Adriana Carvalho, Gerente da ONU Mulheres no Brasil, agência das Nações Unidas que foi criada com o objetivo de unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais, em defesa dos direitos humanos das mulheres.
De acordo com o ranking de 2017 do Fórum Econômico Mundial, que analisa a igualdade entre homens e mulheres em 144 países, o Brasil está na 90ª posição, atrás de muitos dos seus vizinhos latino-americanos. “Embora o nosso país seja uma das 10 maiores economias do mundo, o 5º em população e tido como um país liberal e avançado, essa classificação ruim se deve muito em função da escassa participação das mulheres na política nacional, o que empurra o índice do Brasil para baixo”, explica a economista que, mesmo assim, ressalta que tivemos alguns avanços.“Como destaque positivo, o Brasil foi o único país da América Latina a eliminar a desigualdade entre homens e mulheres na área de educação. Na saúde, a diferença também está próxima do fim, além de modestas melhorias em termos de paridade econômica entre homens e mulheres”, esclarece ela.
Por fim, a especialista diz que, quando se fala da mulher empresária e empreendedora, podemos sentir orgulho. “Elas empreendem bastante no Brasil, principalmente nos estágios iniciais, em que são muito similares aos homens”,explica ela, acreditando nesse caminho para diminuir as diferenças. “Convido todos a continuarem apostando no empreendedorismo das mulheres, porque tenho certeza que isso fará bem para nossa sociedade”, conclui Adriana Carvalho.
Fonte: SIMPI