Revisão das Metas Fiscais

Postado em 24/08/2017


Revisão das Metas Fiscais

*Revisão das Metas Fiscais*

Após uma série de adiamentos, o governo federal apresentou uma proposta de novas metas do déficit primário - resultado negativo nas contas, desconsiderando os juros da dívida pública - para este e para o próximo ano, ampliando-as para R$ 159 bilhões. As que foram originalmente projetadas - de R$ 139 bilhões para 2017 e R$ 129 bilhões para 2018 - tornaram-se impossíveis de serem cumpridas, em razão da baixa arrecadação de tributos, que foi bem menor do que era esperada, e, também, por uma série de previsões que acabaram não se concretizando, como a Reoneração da Folha de Pagamentos e a Reforma da Previdência. Assim, sem espaço para contingenciamentos no orçamento, esse ajuste foi necessário para poder fechar as contas públicas que, na soma dos 2 anos, representa cerca de R$ 50 bilhões a mais de rombo. Contudo, para entrar em vigor, essa proposta ainda depende de aprovação pelo Congresso Nacional.

Segundo o comentarista econômico Miguel Daoud, embora essa medida gere ainda mais desconfiança no mercado - como um sinalizador de que o governo fracassou na tentativa de restaurar as contas públicas - a equipe econômica não tinha outra alternativa. “Aumentar tributos, só para cumprir a meta fiscal, não é a solução, pois apenas empurra a economia para a informalidade, o que, consequentemente, gerará ainda menos arrecadação. Então, é preciso criar políticas que ganhem a confiança do mercado, para que os empresários possam investir e, com isso, fazer a economia crescer novamente”, conclui. 

  Fonte: SIMPI