Risco de Inadimplência do Agronegócio traz preocupação a cadeia produtiva

Postado em 08/01/2025


Risco de Inadimplência do Agronegócio traz preocupação a cadeia produtiva

Risco Agro

Coluna do Simpi: Risco de Inadimplência do Agronegócio traz preocupação a cadeia produtiva

No entanto, Felipe chamou a atenção para os desafios crescentes enfrentados pelos produtores rurais a partir de 2023, agravados em 2024.

Por SIMPI | ƒ

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Felipe Prince, economista e especialista em agronegócio, destacou a importância do crédito para o desenvolvimento do setor agrícola no Brasil. Ele ressaltou que a atividade agrícola é altamente dependente da sazonalidade, exigindo que os produtores obtenham recursos significativos para o plantio de culturas como soja, milho, café e algodão, ou para sustentar o fluxo de caixa em atividades pecuárias. Esse período de necessidade financeira pode durar de quatro a seis meses, até que a colheita seja realizada e a produção transformada em receita. Nesse contexto, o crédito desempenha um papel crucial para o sucesso das operações agrícolas. No entanto, Felipe chamou a atenção para os desafios crescentes enfrentados pelos produtores rurais a partir de 2023, agravados em 2024. Entre os principais fatores estão o aumento das taxas de inadimplência devido a problemas climáticos, queda nos preços das commodities e elevação das taxas de juros, reflexo das medidas adotadas pelo Banco Central para conter a inflação. Esse cenário torna o crédito mais caro e menos acessível, impactando diretamente o setor. Ele também apontou que a maior dificuldade de acesso ao crédito não afeta apenas os produtores, mas toda a cadeia produtiva do agronegócio, incluindo cooperativas agrícolas, fornecedores de insumos e instituições financeiras. A Cédula de Produto Rural (CPR), principal instrumento de financiamento do setor, tem registrado aumento na inadimplência, levando os financiadores a adotar medidas mais restritivas, como exigência de garantias reais, incluindo terras e alienações fiduciárias. Outro ponto crítico destacado por Felipe foi o crescimento nos pedidos de recuperação judicial por parte dos produtores rurais, aumentando o grau de risco para os financiadores. Esse cenário resulta na diminuição do volume de crédito concedido e na intensificação das exigências por parte dos credores, tornando o ambiente ainda mais desafiador para o setor. Diante disso, ele enfatizou a necessidade de atenção em 2025 para superar essas dificuldades e garantir o fortalecimento do agronegócio, um setor fundamental para a economia brasileira. Assista:

 

Fonte: Risco de Inadimplência do Agronegócio traz preocupação a cadeia produtiva