Postado em 01/02/2018
UNICÓRNIO BRASILEIRO
Recentemente, o controle acionário da “99 Taxi” foi adquirido pela chinesa DiDi Chuxing, num negócio que tornou essa startup - pequena empresa em início de suas atividades, que busca explorar negócios inovadores - no primeiro empreendimento brasileiro a atingir o patamar de “unicórnio”. Embora esse termo se refira à figura mitológica de um cavalo branco com um único chifre na cabeça, esse jargão serve, no ramo das startups, para definir aquelas que cresceram, aceleradas por investidores de capital de risco, e que conseguiram alcançar o valor de mercado superior a 1 bilhão de dólares.
Paulo Veras, Renato Freitas e Ariel Lambrecht, durante festa que celebrou a compra da empresa e o surgimento do primeiro "unicórnio" brasileiro' (Foto: Reprodução)
Além do grande êxito para seus criadores e investidores, ter um unicórnio entre nós significa, também, um marco relevante para todo o ecossistema brasileiro de startups, tratando-se de um claro indicativo de que houve uma evolução e amadurecimento dessa atividade no Brasil. Ainda, por ser uma qualificação normalmente muito difícil de ser alcançada, essa conquista projeta o país no cenário global, que servirá não só para promover a atração, estímulo e maior participação de aceleradoras (empresas que apoiam as startups em seu ciclo de crescimento) e de grandes players de venture capital (investidores de capital de risco) no mercado brasileiro, mas, também, irá inspirar a criação de novas startups, inclusive em empreendimentos de diferentes segmentos.
Contudo, infelizmente, ainda estamos muito longe de ter um ecossistema consolidado. Entre outras coisas, falta melhorar - em muito - o ambiente de negócios no país, cuja burocracia, insegurança jurídica e alta carga tributária, entre outros fatores, são altamente impeditivos ao empreendedorismo.